quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pedaços

Sentimentos.
Dentros que um tropeço da matéria
Deu às pedras,
Que agora são.
Que estiveram sempre no chão, mas então
Caíram.
Que sempre estiveram, mas então
Partiram.
Que estavam em toda a parte e agora estão
Perdidas.
Que não tinham medidas e agora são
Pedaços,
Duas linhas riscadas sobre um espaço
Que então é centro, é ponto
É coordenada
Do encontro com o nada.
Duas coisas inexistentes para si
Por dentro
Cruzadas de qualquer maneira
Num lugar que acorda e pensa
Ser uma terceira.

Corpos do acaso
Que não tinham todo
E agora são
Divisíveis.
Que não tinham corpo
E agora estão
Mutiladas,
Que não eram nada
Que não eram
E agora são.
E agora são.
E agora são.
E há coração.
E agora em vão.