Há em mim a iminência de tristes fins,
Palpitações, canções agudas de espera
E falsos alarmes.
Há um dia frio sob o sol que arde
E um fosso que se abre e o vazio.
Há muito o que morrer
Com toda essa ansiedade,
Há a treva a que devo recorrer
E de que devo cercar-me,
Há que envolver em muitos véus a carne
E separar-me, separar-me, separar-me
Depressa
De mim.
Ouça o poema musicado por Adriano Bê:
Véus by rogeriomarcus
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