Trago o desespero no bolso.
Tenho um ruído discreto no
motor, meu volante
Puxa um pouco para um lado.
Forço,
E guio reto adiante.
E guio reto adiante.
Pareço opaco, sou
silencioso.
No fundo sou óbvio, sou
fácil,
Traio o que preciso a cada
passo.
E o que preciso, passo a
frio.
Sou gentil, sou homem, o
provedor,
Um maldito pilar, você
pode se apoiar.
Não vou mostrar que tenho
fome
Nem implorar por amor.
Quero cair de joelhos, desmanchar,
Mas jogo, eu sei trazer em
cubos
O mar onde me afogo.
Um dia talvez, um tiro,
uma corda,
Sem teatro.
Eu sei montar em cubo
Meu eu rachado em blocos.
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